segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Turista troca dinheiro vivo por cartões



TONI SCIARRETTA
MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO


O brasileiro usa cada vez mais os cartões de crédito e de débito nas viagens internacionais, inclusive para sacar dinheiro em moeda local, substituindo parte do volume comprado no passado em cheques de viagem e em espécie, segundo os bancos.


Apesar de conveniente, o saque de dinheiro no exterior ainda é caro tanto no cartão de crédito quando no de débito. A novidade são os cartões pré-pagos, que servem para saques e pagamento à vista, e têm custo menor.


A opção tem sido a preferida pelos pais para bancar os gastos dos filhos em intercâmbios. O cartão é emitido no nome do viajante, mas com o CPF do responsável.


"Os pais têm extratos on-line dos gastos e podem fazer recargas", explicou Emília Miguel, gerente da agência de intercâmbio Experimento, que este mês lançou um cartão com sua própria marca.


Segundo o Banco Rendimento, principal emissor do pré-pago Visa Travel Money, não há cobranças na emissão do cartão nem no carregamento, que pode ser feito antes e durante a viagem. Há tarifa de US$ 2,50 para saque.


A cotação do dólar para carregar o cartão costuma ser um pouco melhor que a do dinheiro em espécie.


"Vender dinheiro no cartão é mais barato, seguro e fideliza o cliente. Por isso, costuma haver desconto de 1%", disse o diretor do Banco Rendimento Alexandre Fialho.


Enquanto Bradesco e Banco do Brasil cobram um mix de taxas fixa e percentual no saque direto na conta corrente, Itaú e Santander impõem tarifas fixas de R$ 9 e R$ 13,40, respectivamente. Nesse caso, o melhor é retirar valores maiores para minimizar o impacto da tarifa.


Além das tarifas do banco, a instituição estrangeira dona do caixa também pode cobrar um "pedágio" -nesse caso, costuma informar o valor antes da operação. Os limites de saque podem variar.


Para sacar dinheiro lá fora, antes de viajar o cliente deve solicitar ao banco a liberação do serviço.


No cartão de crédito, os saques geralmente têm tarifas maiores e ainda há o risco de a taxa de câmbio piorar até chegar a fatura.

Nenhum comentário: