quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Planejar não e engessar

Ótimo post retirado do blog Viage na Viagem, do turista profissional Ricardo Freire.

Exelentes dicas para que você não transforme sua viagem de lazer em um verdadeiro estresse.

"À medida que a internet vai deixando cada vez mais fácil fazer reservas e pesquisar qualquer informação que seja, vai minguando o time dos que acham que sair de casa com tudo planejado tira a surpresa, a fluidez e a espontaneidade da viagem.

Aos que continuam com um pé atrás, eu reafirmo o dogma central da minha religião: pesquisar e planejar faz com que você comece a viajar muito antes de embarcar -- e deixa você em ponto de bala para identificar os momentos em que vai ser melhor mudar o que tinha planejado :-)
Uma boa pesquisa pode até indicar as viagens em que é melhor sair sem tudo reservado -- por exemplo, uma viagem de carro pelo litoral brasileiro na baixa temporada, ou um périplo pela Europa no auge do inverno.

De todo modo, planejar uma viagem é menos uma ciência do que uma arte. Com o tempo a gente vai aprendendo os macetes. Por exemplo:

- O dia não tem 24 horas. Dificilmente tudo o que a gente pensou em fazer no dia vai caber nas horas em que estamos acordados. Não tem importância. A idéia não é ticar um monte de lugares de uma lista, e sim aproveitar o dia de um jeito prazeroso. Tome os pontos turísticos apenas como uma indicação de percurso; a verdadeira viagem acontece no caminho entre um monumento e o próximo cartão-postal. Tente se dar bem pelo caminho, e o que não der para ver não vai fazer falta.

- Maneire nos compromissos com hora marcada. Muitas das coisas que planejamos vêm com horários determinados: a passagem do trem que compramos com antecedência (para pagar mais barato), a visita ao museu que reservamos na internet (para furar fila), o jantar que marcamos por telefone (para conseguir lugar). Só devemos cuidar para não acabar com uma agenda tão tirana quanto a do escritório. O ideal é não ter mais do que uma hora marcada por dia.

- Cuidado com a overdose de indicações. Quanto mais a gente pesquisa sobre um lugar, mais lê sobre lugarzinhos imperdíveis, passeios obrigatórios às redondezas, pratos que valem a viagem. Calma no Brasil -- e sobretudo, calma no exterior! Viaje por todas essas indicações antes de embarcar, mas considere apenas as que estejam no seu caminho. Não superestime essas recomendações: nunca ache que deixar de fazer esse ou aquele programa é como "ir a Roma e não ver o Papa". Até porque é perfeitamente possível aproveitar Roma sem nem chegar perto do cardeal alemão esse.

- Confie no seu taco. O melhor de pesquisar e planejar viagens é que, com o tempo, você vai aguçando a sua intuição. Quando menos espera, já consegue perceber de cara quando uma recomendação está vencida -- ao mesmo tempo em que passa a identificar programas e lugares mais interessantes do que aqueles que foram indicados. É um processo de tentativa e erro -- mas mesmo quando você se dá mau, você aprende algo que vai ser útil na próxima escolha."

E nunca se esqueça: o importante em uma viagem é que você aproveite, independente do que aconteça e do que consiga fazer!

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