segunda-feira, 12 de março de 2012

De lá para cá...

Olá Galera...

Faz muito tempo que não apareço por aqui ne? Mas ocorreram tantas coisas por aqui, que fiquei totalmente sem tempo de escrever,porém para recompensar a todos vim com um posto fresquinho da nosssa nova seria: De lá para cá... que vai se basear em depoimentos dos nossos estudantes sobre o programa que estão fazendo, para que vocês possam ter uma ideia bem mais real do melhor tipo de programa para você, e tire todas as suas duvidas.

Hoje vamos começar pelo programa de AU PAIR, com a Amanda balbi, que passou 2 anos no programa e acabou de chegar...espero que curtam ai..

see u!

Simplesmente adoro viajar. Esse foi o motivo que me fez querer ser au pair. A primeira vez que ouvi falar sobre o programa foi no primeiro ano de faculdade, quando uma amiga resolveu ser au pair na Alemanha. Quando ela me falou o que ia fazer lá achei a ideia um absurdo. Cuidar de crianças? Ser babá? Tá louco!

Bem, ela foi, se deu mal, teve inúmeros problemas com a família, entrou em rematch, trocou de família e voltou depois de um ano. Mas apesar de todas as dificuldades não vi sinal de arrependimento nela, ao contrário, vi saudades de tudo que aconteceu no ano que ela não vai esquecer jamais.

Mas pra mim, a ideia de ser au pair ainda parecia loucura. Nunca no mundo eu cuidaria de crianças dos outros. O sonho de viajar, morar fora, conhecer outra cultura e ficar fluente em outra língua ainda me fascinava, mas não tinha dinheiro nem pra três meses de Work and Travel, quanto mais pra um ano de estudos em outro país.

E eu já tinha ate deixado essa ideia de ir morar fora pra lá. Já pensava apenas que conheceria novos lugares por turismo, nunca pra morar ou trabalhar. Quem sabe eu não poderia pagar um intercâmbio pro meu filho no futuro e realizar pra ele esse meu sonho? Porque, pra mim, achava que não tinha mais tempo.

Só que morar fora por um período não era um sonho só meu. Minhas irmãs também sempre quiseram fazer um intercâmbio. E foi através de uma delas que descobri o au pair nos Estados Unidos. Fomos a uma agência que representa a Cultural Care na minha cidade pra conhecer alguns programas de intercâmbio e foi lá que vi pela primeira vez aquela revistinha da Cultural Care com uma jovem morena e uma loira brincando com uma menininha. Aquela revistinha cor de rosa, com todas aquelas fotos e sorrisos e todas aquelas inúmeras vantagens fez o "Cuidar de criança? Tá louco?" virar um "hum… Eu quero!".

Mas pra mim, faltava experiência. Foi então que resolvi ir atrás de uma grande amiga minha que tinha acabado de ter um bebê e perguntei pra ela se não podia tomar conta dele vez ou outra pra ver se pelo menos conseguia desenrolar. E foi o que fiz. Apesar de ficar super estressada em alguns momentos, achei aquilo muito bom, e não tinha como não gostar daquele menino lindo.

Mas fiquei com a impressão de que só gostava do baby da minha amiga porque simplesmente era o baby de uma das minhas melhores amigas. Mas será que aguentaria cuidar de crianças que não têm vínculo nenhum comigo? E ainda, gostar do trabalho?

Então resolvi tentar uma creche. Fui atrás de um estágio em uma creche que ficava do lado do prédio onde eu fazia estágio em jornalismo e lá encarei 19 crianças entre um ano e meio e dois anos de idade. E apesar de toda aquela loucura, de todos os gritos, choros e estresses, não é que eu gostei da coisa? E foi assim que resolvi ir à agência, fazer o teste de inglês e preencher toda a papelada.

Nesse meio tempo entre descobrir o programa de au pair e me inscrever no programa foram dois anos de pesquisa em blogs de au pairs, orkut, site das agências de intercâmbio e com as próprias au pairs ou ex au pairs pelo msn. Li muuuuito, pesquisei muuuuito. Fui em 7 agências de Natal, vi todos os preços e todas as vantagens e desvantagens de cada agência nos EUA e no Brasil. Sabia falar sobre o programa melhor do que os próprios funcionários das agências.

Então, através de muita pesquisa, tive a certeza de que o au pair não era o programa dos sonhos, cor de rosa como muitas agências pregavam, e sim um programa de trabalho (e bote trabalho nisso!) onde nas suas horas vagas você tem a oportunidade de estudar.

E depois de ter certeza que a Cultural Care e a Cia do Intercâmbio deveriam ser as minhas agências, pelo depoimento de antigas au pairs e principalmente pelo atendimento, confiança e sinceridade que a Cia do Intercâmbio passou pra mim, (afinal em nenhum momento eles me disseram que ia ser fácil), entreguei a papelada, em duas semanas fiquei on e em 3 dias já tinha a família no meu perfil, que apesar de não me oferecer carro, não morar na região onde eu gostaria de viver (California), ter uma mãe que trabalha em casa e 3 crianças de um, quatro e seis anos, foi o match que eu quis.

Tive homesick na primeira semana aqui, achei o trabalho pesado demais e por vezes pensei que não ia conseguir, mas passou. Conheci outras au pairs muito legais, conheci lugares lindos e outros nem tanto, vi coisas ruins e vi coisas lindas.

Hoje me sinto diferente e já consigo avaliar a vida que levava no Brasil, muito cheia de regalias e comodismo. Tinha tudo, na verdade, tenho tudo no Brasil. Mas agora valorizo mais tudo, meu Brasil, minha cultura, minha família.

A saudade batia toda semana. Mais precisamente nas manhãs das segundas-feiras. Mas aí chegava a hora de ir pro parque com o baby, ou então sair pra jantar, de repente já era o final de semana e eu tinho inúmeros programas pra fazer e minhas novas amigas pra encontrar.

Sim, foi difícil, chorei, trabalhei pra caramba e sentia saudades, mas não me arrependo nem um minuto da escolha que fiz, e sei que esses dois anos só me deixaram mais forte, com uma bagagem de conhecimento enorme e o inglês novinho em folha. Amo as crianças que tomei conta, acho que escolhi a família certa e descobri que sou capaz de muito mais do que eu imaginava antes ser capaz.

E para quem quer ser au pair tenha sempre em mente que é um programa de trabalho, então não espere moleza! Mas dá sim pra estudar inglês, aprender muito e ainda viajar, comprar, se divertir e tudo isso com o dinheiro do seu trabalho, sem precisar depender de seus pais aqui no Brasil.

Aliás, o au pair é o único programa de intercâmbio de trabalho hoje em dia que você consegue se sustentar lá fora apenas com o que é oferecido pelo programa e com o dinheiro que você vai ganhar.

Para as futuras au pairs eu recomendo muita pesquisa sobre o programa, como eu fiz, em blogs, conversando com antigas au pairs e nos sites das agências e muita força porque não é fácil deixar família e amigos por um ano (ou dois), mas vale muito à pena!

Amanda Balbi (ex au pair)


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