quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vulcão provoca mudança de hábito no transporte europeu

O texto abaixo copiado do Diário do Turismo é uma bela dica para quem está programando sua viagem a Europa.

Além de precisar se preocupar com o roteiro aéreo vale a pena pensar na programação e reservas com um pouco mais de antecedência, principalmente quando se fala de passes de trem.

"A nuvem de cinza vulcânica que fechou aeroportos europeus por duas das últimas cinco semanas está mudando hábitos de viagem e provocando um forte aumento nas reservas de trens e balsas.

A Virgin Trains, empresa de Richard Branson, relata demanda crescente na sua rota Londres-Escócia. A Eurostar, que opera o trem pelo túnel do Canal da Mancha, informa que as vendas estão crescendo. Para a Irish Continental, as altas recentes nas reservas são mais que um mero desvio do padrão.

A erupção do vulcão Eyjafjallajökull, na Islândia, em 14 de abril cancelou 100 mil voos em seis dias, o que custou às companhias aéreas US$ 1,7 bilhão em vendas, segundo números do setor. Explosões adicionais fecharam o espaço aéreo ao longo de uma ampla faixa da Europa. Considerando que a erupção anterior durou quase dois anos, vulcanólogos dizem que não há nenhuma perspectiva imediata de alívio para as empresas aéreas.

"Isso está se tornando um tema de grandes proporções", disse Bob Atkinson, consultor na Travelsupermarket.com, agência de viagens pela internet, de Londres. "Muitas pessoas estão se perguntando agora se devem se arriscar reservando um voo. Quem ganha são as companhias marítimas e os trens, que devem entrar com toda a força nesse verão europeu".

Reino Unido, Irlanda e Escandinávia são as regiões mais atingidas pela paralisação inicial, com a zona de exclusão de voos se estendendo por toda a Europa Central, chegando até a Itália e a Rússia. Uma segunda onda fechou aeroportos na Irlanda e na Escócia, chegando a se espalhar até o sul da Espanha e Marrocos; e uma terceira nuvem fechou esta semana alguns dos aeroportos mais movimentados da Europa, como Heathrow, de Londres, e Schiphol, de Amsterdã.

Não há "nenhuma indicação" de que a erupção esteja prestes a cessar, disse o Birô Meteorológico da Islândia.

"A poeira é positiva para nós", disse o executivo-chefe do grupo marítimo Irish Continental, Eamonn Rothwell, em entrevista por telefone. "As pessoas querem ter certeza de que possam retornar num certo dia. Elas não querem se preocupar nas suas férias."

A Eurostar transportou 100 mil pessoas adicionais em 65 trens extras nos primeiros fechamentos de aeroportos, e teve um salto nas reservas "distinto o bastante para indicar que ele está baseado apenas na interrupção [dos serviços]", disse a porta-voz Mary Walsh.

A nuvem de poeira "fez as pessoas olharem para o trem de alta velocidade com outros olhos", disse Walsh. "Queremos incentivar as pessoas a tentar esse método e ver se gostam dele, e mudar o comportamento delas", disse Walsh.

Na Virgin Trains, a maior arrancada na demanda durante as paralisações iniciais dos aeroportos ocorreu de Londres a Holyhead, no País de Gales, onde a estação se conecta com balsas para a Irlanda.

"À medida que as pessoas se acostumam a se programar, um grande número de passageiros adicionais continua viajando por trem, em vez de viajar por ar, devido à incerteza", disse McLean. "Definitivamente, estamos experimentando um efeito prolongado".

No mar, a incerteza em torno da nuvem de poeira está "causando mais que apenas uma alta temporária no número de passageiros", diz a Stena Line, em seu website, sob a manchete: "Toda nuvem de poeira tem uma Linha Stena".

"Certamente esperamos ver um aumento no número de passageiros no longo prazo, à medida que as pessoas forem percebendo que os benefícios de viajar conosco se estendem para além da nossa ausência de restrições a bagagem e da ausência de demorados procedimentos de check-in e cobranças adicionais por serviços básicos", disse o porta-voz Nigel Tilson."

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