sexta-feira, 23 de abril de 2010

Os bairros onde eu não me hospedaria em Paris

Ótima dica do blog Conexão Paris.

"Para iniciar este assunto polêmico, um parágrafo que vai me salvar em situações difíceis no futuro.

Se hospedar em Paris intra-muros já é uma vantagem imensa. Neste caso todos os bairros são bons e com o metrô a vida fica fácil. Sei que às vezes o turista se hospeda fora de Paris, nas cidades que se encontram após o Anel Periférico. Se esta escolha for ditada por questões econômicas, a solução é válida. Neste caso veja se o hotel se encontra perto de uma estação do metro parisiense. Certas linhas cruzam a fronteira da cidade e vão até as cidades vizinhas. Muita vezes não se trata de uma escolha e o turista se encontra do outro lado do periférico por falta de informações ou por informações incorretas. Uma regra fácil é verificar o código postal do endereço do hotel. Os ceps parisienses começam todos com o número 75.

Foto: Sérgio T Gonçalves

Eu não me hospedaria em Montmartre. Bairro romântico com ruelas e escadas, bares, restaurantes e discotecas. Bairro com personalidade forte e interessante. Mas não me hospedaria aí por duas razões. Quem a conhece sabe bem que esta área está afastada de todos os pontos turísticos. Que para pegar metro ou ônibus é necessário subir escadarias e contornar ruelas. Que o metrô Abesses não é fácil com seu elevador lento e sujo.

Quem o conhece sabe também que este bairro atrai uma população boêmia, jovens animados e divertidos mas também grupos sociais complicados. Sobretudo a parte mais turística do bairro, aquela que fica nas proximidades da igreja Sacre-Coeur. O turista brasileiro, já stressado com a violência do Brasil, pode se sentir ameaçado.

Eu evitaria também os limites da cidade. Estes hotéis que estão na divisa entre Paris, o periférico e as cidades vizinhas e que se encontram perto das Portas de Paris: Porte de Clichy, Porte de la Villette etc . Não que a situação seja perigosa, simplesmente porque estes endereços também estão afastados dos centros turísticos e estas regiões não são agradáveis. Estas áreas limítrofes tendem a serem apropriadas por aqueles que foram expulsos do centro. Quando ainda frequentava os escritórios de atendimento aos estrangeiros e fazia fila durante horas para pedir a permissão de residência no solo francês, me encontrava nestes espaços periféricos que escondem o que não deve ser visto.

Acho que com calma e muita pesquisa o turista pode encontrar um hotel mais central por preços equivalentes aos destes hotéis."

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