terça-feira, 26 de maio de 2009

Cias aéreas voam para oferecer wi-fi a bordo

Fonte: Blog radar do viajante

Fabio Steinberg - 25/05/2009

As conexões de internet vão afinal chegar às alturas. Ainda este ano, com crise e tudo, os vôos domésticos nos Estados Unidos vão oferecer wireless. Tudo muito bonito, o sistema é ótimo, mas há um probleminha grave. As companhias aéreas se fazem de bobas quando têm de explicar como vai ficar o espaço espremido na classe econômica, onde sequer dá para abrir a tampa do laptop. Esta questão também está afligindo a Aircell, que é a provedora da maior parte das instalações nos Estados Unidos. “Ou eu não consigo abrir totalmente a tampa do laptop ou ele vai parar praticamente no meu nariz”, revela o seu próprio diretor.

A primeira companhia aérea a anunciar que ainda este ano instala wirelless a bordo de todas as suas 136 aeronaves foi a AirTran, uma empresa low-cost da Flórida. Rapidinho a Delta fez comunicação similar, e disse que vai incluir o sistema também nas suas mais de 300 aeronaves que voam em território americano. Foi o estouro da boiada, e aí todo mundo quer chegar: American Airlines, United, Virgin America, Air Canada.

Mas além do espaço limitado, há algumas dificuldades. A primeira é a falta de tomada elétrica na cabine econômica, o que faz com que o notebook só funcione enquanto a bateria durar. Há dúvidas também sobre a demanda por este tipo serviço, ainda mais ao custo de 9,95 dólares para vôos até 3 horas e 12.95 para mais de três horas, pela tabela da AirTran. É que para instalar o sistema não sai barato: são 100 mil dólares por aeronave. Além disso, o sistema não funciona em vôos transatlânticos, pois depende da transmissão das torres celulares em terra.

Quanto aos notebooks não couberem nas poltronas, os dirigentes das companhias aéreas lembram que é para isto que existe o smartphone e o Blackberry, que há dois anos começaram a incorporar o chip com wi-fi. Assim, não tem desculpa. Se o espaço no avião é pequeno, o passageiro que trate de encolher a suas coisas.

Foto de Marian Lockhart

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