terça-feira, 3 de novembro de 2009

Cancún: como escolher seu hotel

Fonte: Viaje na viagem

Vista do hotel Cancún Caribe Park Royal Grand (km 11)

Vista do hotel Cancún Caribe Park Royal Grand (km 11)

A península de Cancún tem praticamente uma centena de hotéis ao longo de seus 20 km. Antes de achar a sua agulha nesse palheiro, é melhor entender a geografia do pedaço.

Zona Hoteleira: ponta norte, da animação

Zona Hoteleira: ponta norte, da animação

O desenvolvimento de Cancún começou, em meados dos anos 80, pela ponta norte da península. As praias dali, voltadas para a baía de Mujeres, têm águas calmíssimas, tipo piscininha. É uma região ocupada por hotéis mais antigos, em terrenos pequenos: não espere piscinas grandes nem jardins. Por outro lado, é o trecho ideal para quem quer sair a pé para aproveitar a noite: por ali estão os bares e discos Señor Frog’s, Carlos’n Charlie, Coco Bongo (com shows superproduzidos toda noite), Hard Rock Café, Hooters, Friday’s. É o ponto mais animado do Boulevard Kukulcán (o nome oficial da avenida da zona hoteleira), pronto para quem quer brincar o ano inteiro de “spring break” (o equivalente americano à nossa semana do saco cheio). Os shoppings por ali são meio caidinhos. Há um píer de embarque para Isla Mujeres por ali mesmo (na Playa Tortuga) e o centrinho “de verdade” de Cancún não está longe. Os hotéis desse trecho têm como endereço os km 8 e 9. Entre os que são oferecidos pelas operadoras brasileiras, eu ficaria no Hyatt Regency e no NH Krystal.

Entre os km 12 e 13: shoppings

Entre os km 12 e 13: shoppings

Quando a praia passa a se voltar para o leste, já estamos em mar aberto. O mar piscininha dá lugar a um mar com ondas — mas sem perder o tom azul-turquesa, nem oferecer (muito) perigo. Os hotéis ficam mais verticais, mas seus terrenos não aumentam na mesma proporção, não. Em alguns pontos forma-se um paredão de prédios pé-na-areia. O melhor trecho desta zona intermediária é entre os km 12 e 13, porque ali estão localizados os dois melhores shoppings da cidade: o La Isla (que é ao ar livre) e o Plaza Kukulkan (que tem uma ala chique, a Luxury Avenue). Os restaurantes são mais caretas e o ambiente bem mais familiar do que lá em cima. Bons hotéis nesta região: Cancún Caribe Park Royal Grand, ME Cancún, Park Royal Cancún, Westin Lagunamar (o mais novo da península, e com um superpiscinão), Aqua. O hotel mais barato dos pacotes, o Flamingo, também fica mais ou menos por aqui. Mas é um hotel bem básico. (Na mesma faixa de preço, eu ficaria com o Hyatt Regency do grupo anterior.)

Ao sul, mais espaço

Ao sul, mais espaço

A parte de baixo da península é de desenvolvimento mais recente. Por aqui se encontram os hotéis com terrenos mais espaçosos. O lado da laguna é ocupado não por restaurantes ou discos, mas por campos de golfe. No km 16 estão os hotéis preferidos dos brasileiros, os vizinhos Oasis Cancún e Gran Oasis Cancún. Custam mais caro que os basicões, mas têm boa relação custo x benefício e oferecem um conforto compatível ao que os brasileiros estão acostumados em resorts do Nordeste. Outros bons hotelões do pedaço oferecidos pelas operadoras são o Gran Meliá Cancún e o Fiesta Americana Condesa.

Outros pontos que você deve considerar ao escolher seu hotel:

Precisa alugar carro? Não, só se você quiser. Os 20 km do Boulevard Kukulkan são percorridos entre 6h e 22h por ônibus bem decentes, a menos de um dólar. Precisando voltar para o hotel à noite, tome um táxi; a tarifa é fixa, não deve sair mais do que 7 dólares (vindo do centro, 15 dólares). Para passeios fora da cidade: Chichén Itzá é muito longe (2h30/3h) para ir de carro; é melhor ir de excursão. Os ecoparques da Riviera Maia (Xcaret, Xplor, Xel-há) oferecem ingressos com transporte incluído; é mais tranqüilo. Eu só recomendaria alugar carro para tirar um ou dois dias para ir a Playa del Carmen ou Tulum sem pressão de horário.

All-inclusive ou não? Alguns hotéis oferecem a opção all-inclusive; outros são, perdão, exclusivamente all-inclusive. Vale a pena? Se você vai com crianças e/ou quer ficar o máximo de tempo possível no hotel, sempre vale. Agora: se a sua intenção é fazer muitos passeios de dia e curtir Cancún adoidado à noite, então o all-inclusive vai acabar não se pagando.

Já ouviu falar da Riviera Maia? Se você está indo para Cancún por causa da praia, da infra hoteleira e dos parques, mas não por causa dos shoppings, bares e discotecas, considere os resorts que ficam ao longo da Riviera Maia. Os 150 km que separam Cancún de Tulum têm praias belíssimas, algumas delas em enseadas delicadinhas, ocupadas por grandes resorts que não ficam a dever aos grandes hotéis da cidade — e que estão mais perto das outras atrações da região, como os ecoparques. Há desde all-inclusives de redes com bom custo x benefício, como Iberostar, Barceló e Bahía Príncipe, até resorts de altíssimo luxo, como o Maroma e o complexo Mayakoba — passando por hotéis-butique como o Esencia e o Paraíso de la Bonita.

Playa del Carmen e Tulum: Playa é para quem quer férias animadas, mas sem o gigantismo e a americanização excessiva de Cancún. Já Tulum é para quem quer uma praia tranqüila e hospedagem de charme, mas não quer cacifar os hotéis mais exclusivos da Riviera.

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