sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Olimpíadas Rio 2016

O melhor comentário que vi até agora:

Fonte: Blog viaje na viagem

"É claro que os orçamentos vão inchar. É claro que muito do que está planejado não vai sair do papel. É claro que não saberemos onde vai parar boa parte do dinheiro. Mas é claro, também, que o Rio e o Brasil não podiam deixar passar esta oportunidade.

Por favor, não me fale mais de Pan. O Pan é um péssimo parâmetro. Sim, em 2007 aconteceu tudo isso que tememos que se repita, multiplicado por cem, em 2016. A diferença é que o Pan não valia nada.

Ninguém presta atenção nos Jogos Pan-Americanos. A única potência esportiva que leva o Pan a sério é Cuba. Os resultados não rendem uma linha de noticiário fora da América Latina.

Ainda está para ser encontrado algum turista que tenha programado uma viagem por causa de um Pan, seja lá onde for. Acontece justamente o contrário: muitos turistas deixam de viajar para um destino, ao imaginar que o lugar possa estar conturbado ou caro por causa de uma competição esportiva internacional.

A única função do Pan era mostrar ao COI que o Rio não é uma mega Cidade de Deus. Deu certo: os jogos transcorreram na mesma santa paz da Rio 92.

Evidentemente naquela época não dava para imaginar que os Lehman Brothers nos dariam essa colherona de chá, provocando o tsunami financeiro do mundo desenvolvido. Tampouco que, depois de surfar na marolinha, Lula se tornaria Luiz “he’s the guy” Inácio.

A verdade é que agora, com a Olimpíada garantida, finalmente o Pan passa a ter sentido. Se perdêssemos a eleição mais uma vez, o desperdício teria sido total.

É lógico que os erros do Pan podem ser evitados – ainda que nem a Velhinha de Taubaté acredite nisso. Mesmo que tudo ocorra conforme tememos, porém, terá valido a pena.

Na melhor das hipóteses, o Rio se barceloniza, ganha o banho de loja de que está precisando desde a perda do governo federal para os confins do Cerrado.

No mínimo, a Olimpíada rende ao Brasil um espaço valiosíssimo no horário nobre do mundo. A Copa também faz isso, mas com uma limitação: não reverbera nos Estados Unidos. A Olimpíada completa o pacote.

A exposição internacional intensa por três ou quatro anos abre possibilidades para o Brasil que nem a incompetência ou a corrupção de qualquer governo podem atrapalhar completamente.

Está bem, eu sei: se você é contra o Rio 2016, não é uma croniquinha que vai te convencer do contrário.

Vamos dividir as tarefas principais, então. Ambas são igualmente importantes. Quem é contra, que fiscalize. Quem é a favor, que empreenda."

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