quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dá para trabalhar e estudar ao mesmo tempo em uma universidade americana?

Fonte: Bolg Daquiprafora

São Paulo, SP – Estudar em uma universidade americana pode significar muito mais do que meramente ir ao exterior apenas a fim de conquistar um diploma universitário para que isso seja um diferencial no currículo. As oportunidades de trabalho que se tem em instituições de ensino nos Estados Unidos, além de significar uma redução de despesa para a família, podem trazer amadurecimento e um senso de responsabilidade ainda maior para o estudante.

A legislação americana diz que qualquer estudante estrangeiro estudando legalmente com visto tem permissão para trabalhar até 20 horas semanais (meio período), desde que o serviço seja oferecido pela própria universidade.

É muito comum na cultura americana que os filhos se tornem independentes mais cedo que no Brasil. Enquanto que nos EUA é freqüente que os filhos saiam de casa ao término do colegial, no Brasil não é raro se ver filhos morando com os pais até a conclusão do curso universitário, e às vezes até casarem-se.

Cientes que seus estudantes sairão em busca de empregos desde o primeiro minuto como universitários, as universidades abrem centenas, às vezes milhares, de vagas para quem quiser trabalhar dentro do campus.

De acordo com o website gocollege.com, os trabalhos mais comuns executados por estudantes universitários são tutoria (professores particulares) para outros alunos, gerente de dormitórios, serviços em refeitórios e monitorias diversas (salas de musculação, computação, biblioteca, etc).
O que se paga nessas ocupações varia de estado para estado. Por exemplo, o salário mínimo no estado do Texas é U$ 7,25 por hora, enquanto que em Washington se paga U$ 8,55 por hora.

Se o estudante trabalhar 20 horas por semana a uma média de U$ 8,00 por hora, é possível ganhar mais de U$ 5 mil ao decorrer do ano letivo.

A pergunta que normalmente se segue é: “E será que dá tempo de estudar, trabalhar e treinar (no caso de atletas)?”

Foto Eliza Adusumilli - Foto Eliza Adusumilli
Dá, sim, mas é necessário saber dividir bem o tempo. Alguns acham tempo para trabalhar as 20 horas permitidas por semana, outros trabalham menos que isso, mas só não trabalha nada realmente quem não quer.

A tenista brasiliense Eliza Adusumilli (foto ao lado), que está em seu segundo ano na Lander University, na Carolina do Sul, encontra tempo para estudar, trabalhar e treinar. “Trabalho no laboratório de informática 12 horas por semana. Apenas tento dividir meu tempo da melhor maneira possível”, diz.

O nadador carioca Roberto Bertholo Junior, que recém começou seu segundo ano na Union College, no Kentucky, trabalha 13 horas por semana no refeitório da universidade. “Tem tempo suficiente para conciliar estudos com trabalho. Treze horas por semana é o suficiente para mim”, analisa.

foto rafael matos - foto rafael matos
O tenista pernambucano Rafael Madruga (foto ao lado), no segundo ano da Belmont University, no Tennessee, recém começou a trabalhar no laboratório de informática da universidade. “Minha rotina é trabalho, treinos e aulas durante o dia, e estudo à noite e nos finais de semana, quando necessário. O meu trabalho é tomar conta do material, fazer check-in das pessoas que entram no laboratório e ajudar a tirar duvidas de quem precisar. São 12 horas por semana ganhando U$ 7,25 por hora. Quando não estou ocupado, posso estudar ali mesmo durante o serviço”, conta.

É mais plausível ainda conciliar estudos com trabalho se o estudante não tem nenhum compromisso com esportes, como conta o baiano Rafael Alves, que está em seu primeiro semestre como estudante universitário na Winthrop University, na Carolina do Sul. “Cheguei aqui e consegui o emprego em 10 dias. Trabalho 20 horas por semana ganhando U$ 7,25 por hora alimentando o banco de dados do setor de manutenção da faculdade. Trabalho todo dia das 8:00 às 12:00. Almoço e saio direto para as aulas, que são pela tarde. À noite, é o período que tenho para estudar”, explica.

Como virtualmente todas as universidades americanas oferecem diversas vagas a estudantes, a possibilidade de se obter ainda mais desconto com relação ao que se paga está ao alcance de todos, inclusive dos estrangeiros. Basta o estudante querer tirar proveito das oportunidades que lhe aparecem.

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