segunda-feira, 8 de junho de 2009

10 Coisas que todo mundo deve saber antes de ir ao Myanmar

Continuando na lista das 10 coisas...

Rachel Verano - 23/04/2009



1) O país, que fez parte do Raj Britânico até 1948, vive a maior ditadura militar da história, desde 1962.

2) Os generais mandam e desmandam, arbitrariamente. Exemplo: segundo um taxista, recentemente proibiram as motos nas ruas da maior cidade porque um deles se acidentou.

3) A internet praticamente não existe. Quando existe, é lenta e na maioria dos casos o acesso é dial-up. O governo controla e proíbe o acesso a alguns sites de notícias internacionais, contas de emails, blogs.*

4) Quase ninguém tem celular. Os moradores dizem que o aparelho custa mais de mil dólares, e num país onde é normal ganhar menos de 30 num mês, não existe milagre.

5) Telefone é artigo raro. Orelhão é uma mesinha debaixo de uma árvore na calçada, com telefonista de plantão que cobra na hora. Ligação internacional? Esquece.

6) A-rá, achou que ia conseguir usar o seu celular em roaming? Tsc tsc tsc, as redes são bloqueadas para estrangeiros.

7) A comida é ruim, ruim. Em geral, curries piores que os da Índia e arrozes piores que os da Tailândia. E tripas. E insetos.

8) O trânsito é o samba do crioulo doido. A mão de direção, que era inglesa, passou a ser igual a nossa. Mas nem os carros nem a mente dos motoristas foram adaptados às novas regras. Resultado: o volante está sempre “do lado errado” e não há santo capaz de fazê-los desistir da ideia de ultrapassar pela direita.

9) Você pode ser seguido por oficiais. Normal, acontece com todo mundo (aconteceu comigo). O governo controla os turistas para ter certeza de que não estão querendo saber demais, ir a locais proibidos (há muitas regiões de acesso restrito) ou semear ideias que não são do seu interesse.

10) Trata-se de um dos países mais fascinantes do mundo, onde vivem pessoas de uma doçura contagiante, em cenários que parecem de outro planeta – na foto, os templos de Bagan, dos séculos 11 e 12, que brotam do nada em meio a estradinhas de terra percorridas lentamente por charretes. A sensação é de estar constantemente dentro de um caleidoscópio. Posso dizer sem sombra de dúvidas que foi o lugar mais surpreendente e mágico onde eu já pisei.

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