terça-feira, 30 de setembro de 2008

Correspondente internacional La Rochelle

Depoimento de Heloisa Sudário, nossa estudante que passou um tempo em La Rochelle - interior França:

Heloisa (segunda da esquerda para a direita) e amigos que fez na viagem
"A viagem foi ótima! Conheci lugares lindos, pessoas super bacanas e pude ver como é diferente a cultura européia da brasileira. Eles são, sem dúvida alguma, mais educados e desenvolvidos, mas essa "ginga" só nós temos, hehe. Eu sempre era bem recepcionada quando dizia que era brasileira, e por incrível que pareça, tinha gente lá que até sabia falar algumas besteirinhas em português, tipo "por favor", "obrigado" e um ou outro palavrão (é sempre o que se aprende primeiro né? haha).

Em La Rochelle as pessoas são, no geral, simpáticas e agradáveis. Eu fui sozinha mas não tive dificuldade em conhecer gente, saía pra uns pubs e já fazia amizade, a galera chegava e puxava assunto mesmo. Sendo que, não posso negar, quando eles querem ser rudes, eles conseguem de verdade! Tiveram algumas ocasiões em que eu pude perceber por quê a fama do francês ser abusado, infelizmente.

Em Paris eu conheci mais gente de fora do que parisiense, lá tem de tudo, todo tipo de gente, e como em toda metrópole, as pessoas são mais individualistas. A cidade, pelo menos, compensa completamente! É linda, imponente, o simples ato de caminhar nas ruas, aleatoriamente, já é uma delícia. A arquitetura histórica enche os olhos de qualquer um, as avenidas são largas e organizadas, respeitam sempre ônibus e bicicletas (essas últimas então, lá tem de monte). Fiquei apaixonada pelo charme de lá, coisa que poucas metrópoles têm. Sem falar que há uma infinidade de coisas pra ver, culturalmente falando a lista é gigantesca. Dizem que a noite é agitadíssima também, mas isso não pude comprovar, rodava tanto de dia que à noite eu tava acabada.

Mas voltando a La Rochelle (sempre me empolgo com Paris!), julho é uma ótima época pra ir pra lá. O clima é quase perfeito, calor durante o dia e friozinho durante a noite. É possível curtir a praia, pegar um sol (voltei super bronzeada, o povo era tudo espantado, haha), e à noite se deliciar com uns vinhos, em um dos inúmeros cafés que tem no centro, curtindo um friozinho super agradável. Ou se preferir, ouvir as bandas que rolam nos pubs enquanto toma um chopp com a galera.

A cidade em si é uma gracinha, limpa e agradável, a sua arquitetura do século XVI também dá um charme ao local. O massa de lá é que tem muitos jovens, principalmente no verão (que foi a época que fui), o que torna tudo mais divertido e fácil de aproveitar! Na primeira semana de aula eu já tinha uma turma imensa, a gente sempre saía todo mundo junto, era ótimo. Aliás, por falar na escola, eu adorei tudo lá. O método é super legal, em duas semanas eu acho que aprendi mais do que um ano de francês que fiz aqui! Se tivesse ficado uns dois meses tinha voltado desenroladíssima, pena que não deu. Os professores são competentes e atenciosos (pelo menos os meus foram), e a escola sempre sugere uma programação interativa, coisas pra fazer em lazer mas que também ajudam no aprendizado, tem excursões, torneios de vôlei, futebol, enfim...


(ilha Ile de Rê, vizinha a La Rochelle, Heloisa foi de bicicleta com os amigos)

Só o que eu tenho a reclamar é sobre a residência. Nossa, a minha primeira impressão foi péssima. O quarto era a coisa mais minúscula do universo, só cabia mesmo a cama e a pessoa, não tinha nem tv, nadinha (pra nao dizer nada, pelo menos tinha um armariozinho pra guardar as tralhas), e o banheiro então, você toma banho toda espremida, mal dá pra se ensaboar de tão pequeno, é uma ginástica..=)

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